quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O Enxoval, Revisto à Luz da Teoria da Extero-Gestação e da Criação Com Apego - Por Adele Doula

A preparação do enxoval é uma coisa que ocupa muito tempo da gestação das futuras mamães. Quantas vezes não recebi ligações de mulheres pedindo desculpas por não poderem vir ao Grupo de Gestantes que organizo, pois precisavam dedicar o fim-de-semana todo à compra do enxoval! Sempre que isso acontece, fico pensando: 'preciso urgentemente escrever um post sobre o enxoval!' rs. Mas não um post comum, sobre o enxoval clássico que se pode achar em qualquer página, e sim um post sobre o enxoval revisto à luz das teorias da Extero-Gestação e da Criação com Apego. Um post com dicas de um enxoval realmente prático e econômico, e que será usado, ao contrário da maior parte dos enxovais que vemos por aí, que servem mais para satisfazer as necessidades de consumo exacerbado de algumas famílias - e sustentar uma indústria de proporções gigantescas - do que realmente atender as necessidades do bebê, e que muitas vezes acabam com pelo menos metade de seus itens guardados ou doados, por não apresentarem real utilidade para aquela família, especificamente.
Espero que gostem do post!
O sono do bebê

De acordo com as teorias da Extero-Gestação e da Criação com Apego, não há muita lógica em se colocar um recém-nascido em um quarto sozinho. Nas primeiras semanas de vida, de todas formas, o bebê urra desesperado assim que é colocado no berço e a mãe se afasta. Isso é um instinto, uma ferramenta biológica, que com o tempo vai desaparecendo, mas nas primeiras semanas de vida, o bebê interpreta o silêncio e a tranquilidade do seu próprio quarto como um sinal de que foi abandonado e está a mercê dos predadores.

Vejo muitos desabafos de mães desesperadas porque o bebê só dorme bem no colo e assim que é colocado no seu lindo bercinho, chora e berra como se o estivessem degolando. Vejo muitas mães extremamente cansadas pois passam a noite toda num incessante vai-se-vem entre seu próprio quarto e o quarto do bebê. E, sobretudo, vejo muitos casais preocupados em "acostumar" o bebê a dormir desde cedo em sua própria cama, o que acaba criando uma situação insuportável onde os pais buscam "vencer" o instinto natural da criança de gritar quando é deixada sozinha (existem até teorias sobre como "treinar" o bebê a dormir sozinho, que eu abomino) e todos, pais e bebês, acabam perdendo, irremediavelmente, nessa batalha: perdendo em qualidade de sono e em qualidade de relações.

A melhor maneira de lidar com o sono do bebê nas primeiras semanas de vida é oferecendo-lhe um ambiente que lhe é agradável. E o que é mais agradável para um bebê recém-nascido? Contato direto com sua mãe, sem dúvida! Umas das ferramentas que salvam muitos pais e mães desesperados nas primeiras semanas de vida do bebê é o sling e, mais especificamente, o wrap sling. O wrap sling permite que o bebê fique em contato direto com seu cuidador, pele a pele, como se estivesse dentro de uma bolsa de canguru. É inegável que a maioria dos bebês experimenta um sono de qualidade inigualável no sling, e muitas mães e pais slingueiros passam horas todos os dias com o bebê pendurado no sling, pois é confortável e deixa as mãos livres.

Existem diversos tipos de sling, de diversos formatos e em diversos tecidos. São inspirados em carregadores de bebês tradicionais de diversas culturas, e têm o propósito simples de manter o bebê em contato direto com a mãe o máximo de tempo possível e de maneira confortável para ambos. Essa proximidade permite uma interação mais sutil e o estabelecimento de um vínculo muito forte entre o bebê e sua mãe, além de permitir que o bebê seja alimentado assim que começa a apresentar os primeiros sinais de fome, em Livre Demanda, sem precisar necessariamente recorrer ao choro. Em consequência, bebês "slingados" tendem a chorar muito menos que seus companheiros "de berço". Os benefícios do contato direto entre o bebê e sua mãe são tão amplos que o sling já foi adaptado até mesmo para ser usado dentro de UTI neonatais com bebês extremamente prematuros, e o Ministério da Saúde apoia a prática, chamada de Método Mãe-Canguru.

Mas então eu vou ter que ficar com o meu bebê no colo 24h por dia? você pode estar se perguntando. Em algumas culturas, efetivamente, o bebê passa 24h por dia no colo, inclusive as horas em que está dormindo. Mas, obviamente, não é no colo de uma pessoa apenas... Geralmente isso acontece em um contexto tribal ou de família estendida, que não é nosso modelo dominante aqui no Brasil. Nossa cultura adota um modelo diferente, no qual o bebê é cuidado por uma ou duas pessoas na maior parte do tempo, e na maioria dos casos, essas pessoas ainda têm que conciliar cuidar do bebê com diversas outras atividades. Então, realmente, não é viável ficar com o bebê 24h por dia no colo...

Nos momentos em que o recém-nascido não pode ficar no colo, carrinhos confortáveis ou cadeiras que balançam sozinhas são uma boa opção: o movimento muitas vezes é a grande diferença entre um bebê calmo e um bebê chorando. À noite, um bercinho ao lado da cama dos pais (sem protetores de berço, por favor!), ou um carrinho tipo moisés permitem reduzir as idas e vindas noturnas, e melhoram a qualidade do sono tanto dos pais quanto do bebê. O recém nascido não precisa de um berço muito grande, nem muito chique: na Finlândia, por exemplo, são utilizadas simples caixas de papelão!

Muitos casais que seguem as teorias da Extero-Gestação e da Criação com Apego optam por colocar seus bebês para dormir em suas próprias camas. Essa prática se chama Cama Compartilhada e os casais que optam por ela precisam se informar bem a respeito de como botá-la em prática de uma maneira segura, tanto para eles quanto para seus bebês. É importante não deixar cobertores soltos, e colocar o bebê preferivelmente entre a mãe e a parede, em vez de no meio da cama. A Cama Compartilhada é praticada em diferentes culturas e, para muitas famílias, é a melhor maneira de conseguir passar pelos primeiros meses - e às vezes até anos - do bebê sem sofrer demasiado com a privação de sono.

A higiene do bebê

Durante as primeiras semanas de vida, o recém-nascido é uma das criaturas mais limpas da face da terra! Ele é trocado assim que faz suas necessidades, nunca entra em contato com o chão nem com superfícies que não foram amplamente forradas e adaptadas para recebê-lo, e muitas pessoas até colocam um pano entre elas mesmas e o bebê para não contaminá-lo com suas próprias sujeiras. Ou seja: nas primeiras semanas de vida, o bebê praticamente não se suja, e não precisa necessariamente ser lavado com água, sabão e shampoo todos os dias. Isso é um ritual dos adultos que não tem muito a ver com as necessidades reais do bebê. A maioria dos recém-nascidos nem gosta de tomar banho, e abre um mega-berreiro assim que os pais começam a despi-lo, rsrs!

O banho, nas primeiras semanas, temuma função mais de relaxamento e lazer do que realmente de higiene. É útil contar com uma aguinha fresca nos dias de muito calor, quando o bebê sua muito. É agradável também contar com um banhinho quente nos dias de frio, quando os músculos ficam tensos. Mas não é necessário fazer uma higiene completa, usar sabonetes e shampoos, como se quiséssemos limpar o bebê sabe-se-lá do que todos os dias.

A banheira ideal para o bebê é um balde. O balde não precisa necessariamente ser um balde específico para banho de bebê, pode ser um balde simples, porém os baldes especiais oferecem algumas vantagens, como serem atóxicos e terem uma base mais firme. A ideia é que o bebê tome seu banho em posição fetal, imerso até o pescoço e com liberdade de movimentos. A banheirinha tradicional, na qual o bebê precisa ser mantido em posição semi-horizontal não é a melhor banheira, pois muitos bebês não gostam nem um pouco de ficarem apoiados em um braço do cuidador enquanto são lavados com a outra mão. Isso dá a sensação de que estão caindo, não passa tanta segurança quanto a posição vertical. Uma boa escolha é fazer a higiene do bebê diretamente no chuveiro, no colo do cuidador, com o corpo do bebê apoiado seguramente no corpo do cuidador, e usar a banheira apenas para os banhos de lazer e relaxamento do bebê, sem se preocupar em ensaboar aqui ou ali.

O trocador é outro investimento questionável. Em muitos casos, ele só é útil nos primeiros dias de vida do bebê, e logo passa a ser uma superfície de acúmulo de bagunças. Em muitos casos, o trocador não tem a altura ideal para facilitar as trocas de fraldas, e também é bastante estreito, o que significa que há riscos do bebê rolar e cair. Muitas mães e pais rapidamente abandonam o trocador e passam a trocar seu bebê encima da cama ou do sofá, locais que permitem que o cuidador também esteja sentado, e que o material seja espalhado ao alcance da mão, além de oferecer mais segurança para o bebê, que pode rolar à vontade sem o risco de acabar no chão.

É muito importante evitar a aplicação de perfumes e cremes com cheiros muito fortes no bebê e também na mãe durante as primeiras semanas após o parto, pois eles mascaram os cheiros naturais que são essenciais para a formação do vínculo mãe-bebê e para a amamentação. Para a limpeza do umbigo do bebê após o parto, é necessário apenas um pouco de álcool 70%, que pode ser aplicado com algodão ou cotonete, de acordo com as preferências dos pais.

As fraldas podem ser de pano ou descartáveis. As fraldas de pano são adaptáveis ao tamanho do bebê, e geralmente se utilizam as mesmas fraldas desde o nascimento até o desfralde. Já as descartáveis precisam ser jogadas fora a cada troca e vêm em tamanhos diferentes, adaptados para cada idade do bebê. É bom não comprar muitos pacotes de fraldas descartáveis tamanho RN, e investir também em fraldas tamanho P e M desde a gestação: alguns bebês surpreendem, nascendo muito maiores ou muito menores do que o esperado, e não é raro os pais terem que sair correndo para comprar um pacote de fraldas de tamanho maior ou menor do que o que haviam previsto inicialmente. A maioria das maternidades brasileiras fornece as fraldas dos bebês durante o tempo em que eles ficam na instituição (geralmente 24h após um parto normal e até 72h ou mais para uma cesária).

Não é necessário passar pomadas ou cremes no bumbum do bebê de maneira preventiva. A única recomendação é que se mantenha o bumbum e os genitais do bebê limpos e bem sequinhos, sempre. Essa higiene pode ser feita com algodão e água morna ou com lencinhos umedecidos que se vendem no mercado. Os cremes e pomadas para assaduras devem ser utilizados apenas com indicação médica, quando o bebê apresenta sintomas como vermelhidão e sensibilidade (assadura). Nesse caso, é bom rever também a frequência das trocas de fraldas, que devem acontecer, de preferência imediatamente após cada evacuação.

Alguns casais optam por simplesmente não usar nenhum tipo de fralda nos bebês. Essa prática, chamada de Elimination-Communication, é baseada no convívio constante e na comunicação com o bebê: os pais aprendem a reconhecer os sinais do bebê que indicam a iminência da evacuação e o colocam então em um penico ou na pia, para que faça suas necessidades em posição vertical e sem fralda. Geralmente, os casais que adotam essa prática têm algumas fraldas para usar quando saem com seus filhos, deixando-os sem fralda apenas quando estão em casa.

As roupas do bebê

Existe no mercado uma variedade inimaginável de roupas e acessórios para bebês. A escolha das roupas obviamente vai depender dos gostos dos pais e da família. Infelizmente, muitas vezes é possível observar que a aparência prevalece e o conforto do bebê acaba ficando em segundo plano. Antes de fazer o enxoval do seu bebê, é necessário pensar em quais são as necessidades DELE.

Evite comprar roupas apertadas, cheias de elásticos ou feitas de tecido sintético ou muito duro, afinal ninguém gosta de estar apertado e passando calor em uma roupa pesada e rígida, não é mesmo? Alguns tecidos e detergentes podem causar alergias na pele delicada do recém-nascido, portanto prefira sempre produtos com poucos corantes e frangrâncias e dê prioridade ao algodão.

Um recém-nascido passa a maior parte do seu tempo deitado de barriga para cima ou nos braços de alguém. Portanto, é importante evitar roupas que tenham botões, nós e outros 'volumes' na parte de trás, e que podem ser desconfortáveis quando se está deitado em cima. Em regra geral, botões de pressão e velcros tendem a ser mais práticos que botões tradicionais. Roupinhas de amarrar são as menos práticas, e podem apresentar um risco para o bebê se as fitas forem muito longas.

Calças e camisetas também têm uma péssima tendência de ficar enrolando e levantando quando o bebê está no colo, o que acaba deixando ele com as perninhas e a barriga expostas. O melhor é priorizar camisetas tipo body, com botões entre as pernas, e calças tipo mijão, com pézinhos, que assim as chances da roupinha enrolar e deixar o bebê exposto diminuem.  É bom escolher roupas que possibilitem trocas rápidas: descarte aquelas que exigem que você vire seu bebê para lá e para cá na hora de vestir (como o pagãozinho da foto acima, por exemplo) e priorize aquelas que têm aberturas apenas na frente ou apenas de um lado. Se viver em uma região de clima frio, assegure-se que as roupinhas de corpo inteiro, como macacões, têm uma abertura entre as pernas, para você poder trocar seu bebê sem precisar despi-lo completamente a cada vez.

É melhor comprar roupas mais baratas para o bebê do que investir em roupas de marca, que às vezes custam mais do que roupas de adulto! O bebê cresce MUITO rápido durante o primeiro ano, e geralmente ele acaba usando sempre as roupas mais práticas e confortáveis que tem, então é muito comum algumas roupas ficarem "esperando" o bebê por um tempão e acabarem pequenas demais, sem nunca terem sido usadas. A partir de 4 ou 5 meses de idade, o bebê começa a engatinhar e passar um bom tempo no chão, e aí a praticidade e facilidade de trocas e lavagens torna-se prioridade na escolha das roupas.

Meias são acessórios muito úteis, principalmente para os recém-nascidos que ainda ficam em posição fetal e acabam com as pernas das calças penduradas e vazias. É bom colocar as meias por baixo da calça ou do mijãozinho, e não por cima: é muito comum os bebês se encolherem e as meias acabarem penduradas nas pontas das calças, bem longe dos pezinhos geladinhos! Algumas mães colocam luvinhas protetoras nas mãos dos bebês. A menos que esteja muito frio, isso não é necessário. Não é incomum os bebês nascerem com as unhas compridas e se arranharem involuntariamente, e muitos pais e mães de recém-nascidos têm medo de machucar seus bebês ao cortar-lhes as unhas, mas colocar luvas em suas mãos para evitar que se machuquem não é a melhor solução, já que o bebê nasce com uma necessidade muito grande de sucção, e sugar as próprias mãos é uma das primeiras maneiras de se auto confortar que o recém-nascido desenvolve. (Para dicas sobre como cortar as unhas do seu bebê, clique aqui)

Alimentação do bebê

   Segundo a OMS, o recém-nascido deveria ser alimentado apenas com leite materno durante os primeiros 6 meses de sua vida, sem nenhum tipo de complementação. Isso significa: sem água, sem chás, sem leite em pó, sem vitaminas nem engrossantes de nenhum tipo. Por isso, já é possível eliminar do enxoval desde já todas as mamadeiras e chuquinhas. Caso seja preciso complementar a amamentação (e isso é muito raro), a complementação deve ser feita no copinho ou através de uma sonda, e sempre sob orientação de um pediatra. Mamadeiras não são indicadas nunca!

Os bebês tem uma maneira única de sugar o seio, que não é reproduzida por nenhum bico artificial. Chupetas, chuquinhas, mamadeiras, bicos de silicone, mesmo os que se auto intitulam "anatômicos", na realidade não conseguem simular a pega que o bebê precisa fazer para mamar ao seio. Por isso, é muito comum acontecer o que se chama de confusão de bicosquando um desses apetrechos é introduzido na rotina de um bebê. Não é recomendável que nenhum desses objetos faça parte de sua lista de enxoval, assim como não é necessário comprar nenhum tipo de complemento para o bebê, nem nenhum tipo de pomada para os seios.

A amamentação nem sempre é fácil: muitas vezes os bebês têm MUITA dificuldade de acertar a pega correta e as mães ficam com os mamilos machucados (um é causa direta do outro). A solução para isso nunca é introduzir um bico artificial até o seio sarar, nem passar pomadas para curar as feridas, e sim analisar as causas dessas feridas e intervir diretamente ali. Para isso, é recomendável entrar imediatamente em contato com uma consultora de amamentação (geralmente elas trabalham nos Bancos de Leite Humano) assim que as feridas aparecem, geralmente ainda na primeira semana de vida do bebê.

A amamentação é a atividade que vai ocupar a maior parte do seu tempo nos primeiros meses de vida do seu bebê. Então, é importante que você esteja sempre MUITO confortável na hora de amamentar, e seu bebê também. Vale a pena investir em uma almofada de amamentação, dessas em formato de U, que dão um bom apoio para o bebê e permitem diminuir muito as dores nos braços e nas costas nas primeiras semanas após o parto. Pode ser interessante também investir em uma poltrona de amamentação, mas não é imprescindível. 



O transporte do bebê


A partir do momento em que você tem um bebê, a lista de itens indispensáveis a ter com você o tempo todo durante deslocamentos aumenta consideravelmente.

Afinal, seu bebê não vai esperar chegar em casa para fazer aquele mega cocozão, nem para dar aquela golfada gigantesca que vão necessitar de uma troca completa de roupas, não é mesmo?

A bolsa do bebê é um item muito importante. Dentro dela, devem caber pelo menosuma troca de roupas completa para o bebê (ter uma camiseta de reserva para a mãe também não é uma má ideia), várias fraldas e alguns brinquedos além, é claro, dos paninhos de boca (fraldas de pano e babadores), lencinhos umedecidos e algodão e álcool para fazer a limpeza do umbigo. Também é importante ter um casaquinho e uma manta para aquecer o bebê, em caso de tempo frio. A grande maioria das bolsas para bebês já vem com um forro acolchoado impermeável para trocar o bebê. Algumas bolsas para bebês incluem também divisórias para a mãe colocar seus pertences pessoais, tornando-se assim uma 'bolsa mamãe-bebê' e possibilitando mais praticidade, uma vez que reduz a quantidade de volumes a serem carregados. Existem hoje no mercado bolsas para bebês tão incríveis, que até se desdobram para formar um bercinho!

É importante lembrar que, no Brasil, existe uma lei que proíbe que crianças menores de 7 anos sejam transportadas em veículos automotivos sem uma cadeira apropriada. A Resolução nº 277, de 28 de maio de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é conhecida como Lei da Cadeirinha, e seu descumprimento prevê multa gravíssima de R$ 191,54, além da perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e retenção do veículo até que o assento seja colocado. Essa lei se aplica desde o momento em que o bebê sai da maternidade, portanto o bebê-conforto é um item indispensável do enxoval.

O que comprar, o que não comprar

Berço: Não é necessário. Nas primeiras semanas, um moisés ou carrinho dá pro gasto. Depois, é possível optar pela cama compartilhada, pelo berço anexo à cama dos pais ou pelo quarto sem berço.

- Carrinho: Pode ser útil ou inútil de acordo com a realidade de cada família. Quanto mais simples o carrinho, mais prático ele acaba sendo.

Cadeirinhas: Necessário. Precisa de pelo menos uma cadeirinha de transporte tipo bebê-conforto. As cadeirinhas que balançam sozinhastambém são bem úteis para acalmar os bebês.

Carregadores: Muito úteis. Prefira sempre o sling ao canguru, que não dá o devido suporte para a coluna e quadril do bebê.

- Mamadeiras e chupetas: Totalmente inúteis. Prejudicam a amamentação, o desenvolvimento da criança e causam desmame precoce devido à confusão de bicos.

Brinquedos: Nas primeiras semanas de vida do bebê, inúteis. Até três meses, mais ou menos, o bebê ainda não se interessa por objetos, e prefere definitivamente a interação com outros seres humanos. A partir dos três meses, ao adquirir mais coordenação motora, ele começa a se interessar por qualquer coisa que possa ser enfiada na boca e mastigada (sobretudo quando os dentes começam a aparecer). Atente para a idade recomendada e as dicas de segurança na embalagem antes de entregar qualquer brinquedo ao bebê.

Produtos de higiene: São necessários apenas um sabonete líquido que possa ser usado como shampoo, algodão, álcool e lencinhos umedecidos. Um creme hidratante sem fragrância pode ser útil em regiões onde o clima é seco, mas não é imprescindível. Não é necessário fazer estoques de pomadas para assaduras.

Andadores e cadeirinhas Bumbo: Ambos são desaconselhados, por forçarem o bebê a ficar em uma posição para a qual seu organismo ainda não está preparado, desrespeitando o ritmo natural de seu desenvolvimento neuropsicomotor. A Sociedade Brasileira de Pediatria começou umacampanha contra o uso do andador, que causa acidentes gravíssimos, e até letais, todos os anos. Se você quiser muito uma cadeirinha tipo andador, é melhor comprar uma dessas cadeirinhas fixas, como a Jump-a-roo.

Espero que tenham gostado das dicas!

Um grande abraço

Texto retirado:


4 comentários:

  1. Olha só! Meu texto aqui! Que legal!!! Fico feliz que tenha gostado!
    Compartilhei o link para cá ;)
    Um abraço

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  2. Excelente!!! Fiz meu enxoval buscando dicas de enxoval minimalista na Internet e ainda estou achando que foi demais!segui recomendações muito semelhantes às que você deu.
    O berço, optei por um mini berço que fica na lateral da cama e baixa a grade virada pra cama. E foi só 250 reais na Internet.
    Carrinho não vi utilidade ainda, pois a bebê só é transportada no bebê conforto ou Sling por enquanto.
    Higiene basta álcool, algodão e sabão neutro. Como o banho aqui é no chuveiro, no colo, preferimos o líquido com embalagem "de apertar" pra ajudar.
    Mamadeira é proibido por aqui. A mãe fica na função 100%. Aí eu incluiria uma única coisa que pra mim foi fundamental logo no quinto dia, pois ti vê leite demais e ingurgitamento: uma boa bomba elétrica. Comprei uma imitação da Medela no AliExpress por 70 reais que é maravilhosa! Não sei o que seria sem ela com aqueles peitões empedrados.
    Mais uma sugestão: prefira uma boa mochila para carregar as coisas. É mais prático, ergonômico e o pai também adora. Bebechila e skip hop tem umas bem legais.

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  3. Excelente!!! Fiz meu enxoval buscando dicas de enxoval minimalista na Internet e ainda estou achando que foi demais!segui recomendações muito semelhantes às que você deu.
    O berço, optei por um mini berço que fica na lateral da cama e baixa a grade virada pra cama. E foi só 250 reais na Internet.
    Carrinho não vi utilidade ainda, pois a bebê só é transportada no bebê conforto ou Sling por enquanto.
    Higiene basta álcool, algodão e sabão neutro. Como o banho aqui é no chuveiro, no colo, preferimos o líquido com embalagem "de apertar" pra ajudar.
    Mamadeira é proibido por aqui. A mãe fica na função 100%. Aí eu incluiria uma única coisa que pra mim foi fundamental logo no quinto dia, pois ti vê leite demais e ingurgitamento: uma boa bomba elétrica. Comprei uma imitação da Medela no AliExpress por 70 reais que é maravilhosa! Não sei o que seria sem ela com aqueles peitões empedrados.
    Mais uma sugestão: prefira uma boa mochila para carregar as coisas. É mais prático, ergonômico e o pai também adora. Bebechila e skip hop tem umas bem legais.

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