A partir da observação do bebê no momento do nascimento, Leboyer chegou a duas conclusões principais:
1) o bebê não é um ser passivo, sem consciência, que não sente nada ao nascer. Pelo contrário: ele é ativo e extremamente sensível, vivendo cada experiência de maneira intensificada pela ausência de raciocínio lógico;
2) a maneira como o sistema obstétrico recebe o bebê é extremamente violenta e possivelmente traumática.Em 1975, Leboyer já propunha outra maneira de receber a criança no mundo: uma maneira menos agressiva para seus sentidos e sensibilidade. No Brasil, sua teoria é conhecida pelo menos desde 1979.
Segundo Leboyer, o ambiente ideal para o nascimento seria aquecido, para que o bebê não sofra choque térmico ao nascer, teria pouca luz e pouco ruído, para não machucar seus olhos e ouvidos, e o parto não deveria ser apressado, para respeitar o tempo de transição do bebê para o mundo aqui fora.
Ao nascer, o bebê deveria ser manipulado com cuidado, e colocado imediatamente sobre a barriga de sua mãe, para ser aquecido naturalmente e acalmado em um ambiente (o único) que lhe é familiar: sua mãe. O cordão umbilical não deveria ser cortado imediatamente, para não precipitar a respiração da criança, e portanto não é imprescindível que a criança chore imediatamente ao nascer.
O nascimento, segundo a visão de Leboyer, deveria ocorrer em um ambiente protegido, onde a mulher e o bebê se sintam em segurança para conhecer-se um ao outro, sem interrupções.
http://adeledoula.blogspot.com.br/2014/01/inspiracao-frederick-leboyer.html
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